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sábado, 26 de março de 2016

Aleluia, Bruxelas!




Se os problemas do mundo fossem as enchentes, desabamentos e incêndios; as crianças negras que esperam por adoção, o preconceito sexista contra autoridades, a prisão e abandono dos animais nos zoológicos, os naufrágios dos barcos de refugiados na travessia dos oceanos, talvez pudessem ser evitados com uma oração, da agora santa, Madre Teresa de Calcutá, ou por alguns dias de jejum sob o efeito da Ayahuasca, uma vigília petencostal na Assembléia de Deus, uma sessão de caboclos na umbanda, um retiro budista na Índia. Se os problemas do mundo fossem os mosquitos...

Os problemas do mundo não é a falta de religião, se fosse, não teríamos problemas, haja vista a quantidade de igrejas espalhadas pelo planeta. A ciência tem dito que nós suprimimos parte do cérebro para acreditarmos em Deus, que esse é o grande mistério do homem. Pode ser que Deus esteja escondido, ou exilado, dentro de nós mesmos, por isso não o encontramos quando o procuramos fora.

Nossos problemas podem ser minimizados pela sustentabilidade que nos permite a nossa permanência, em um nível tolerável, durante determinado tempo. A sustentabilidade ambiental, alimentar, cultural, emocional e sexual, nos permite compartilhar a solidariedade, o respeito às diferenças, à diversidade, ao pluralismo étnico e de gêneros.

Não há uma solução para os problemas do mundo, não há alternativa na letra de ‘My Sweeet Lord’, de George Harrison e nem nas frases de “It´s allright, ma (I´m only bleeding), de Bob Dylan, mas talvez na doçura de ‘Heart of gold’, de Neil Young.  Não é a falta de um Pastor Messias fundador do hinduísmo, nem o fanatismo de um muçulmano, de um católico, ou de um herege, que podem indicar um caminho com menos pedras.

Se os problemas do mundo fossem os cálculos renais, as reposições hormonais, o hipertireodismo, o alcoolismo, os pólipos intestinais, as dores lombares, a menopausa, a falta de atenção e as manchas nos rins, estaríamos prontos para entrarmos em uma faixa humana de segurança, onde encontros diurnos com lobos e búfalos suados seriam naturais, como nossas roupas listradas, psicodélicas.

Se os problemas do mundo fossem os mosquitos...



Ricardo Mezavila.

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