Já
se pode observar o cadáver político, do quase ex-presidente da Câmara dos
deputados, Eduardo Cunha, passeando pelos corredores da Casa em Brasília.
Trôpego e sem encontrar oxigênio puro para acalmar seus pulmões, o “pau
mandado” do PSDB, que também é jagunço e responsável em sujar as mãos na
tentativa de jogar lama na história, Eduardo transita e exala o cheiro inerente
aos que não tem mais viço no corpo e energia na alma.
A
sua trajetória, pelos cargos que ocupou nas estatais, até se eleger deputado e
presidente da Câmara, é de deixar qualquer família orgulhosa, mas ele conseguiu
os feitos sem o suor dos honestos, sem a insônia dos que se preocupam com o
bem-estar do próximo. Eduardo chegou aonde chegou porque foi capaz de dizer sim
à corrupção e servir de instrumento em negócios espúrios e perversos ao
coletivo.
Freqüentador
da Congregação Assembléia de Deus, planta as sementes de seus votos nas igrejas
com apoio dos pastores. Descobri que seu hobby é a fotografia e que vai
inaugurar uma exposição em um salão em Brasília. Isso mesmo, Eduardo também é
um artista e sua obra vai estar exposta para todos que admiram fotografia. Será
que a fotografia na abertura da exposição vai ser ele e sua família, cada um
dentro de um dois oito carros de luxo adquiridos com a propina da Petrobrás?
Suponho que a foto da madame treinando tênis na academia da Flórida esteja por
lá também.
Por
falar em madame, lembrei da famosa frase de PC Farias para o ex-presidente
Collor: - “A madame está gastando muito!” A jornalista virou “madame
ostentação”. Seu rosto sorridente, seus olhos arregalados, assim como a falsa
peruca de Eduardo, virou uma ofensa a todos nós. Ao invés de expor fotografias,
ele devia expor os números de suas diversas contas na Suíça e nos EUA.
Eduardo
está desaparecendo aos poucos, logo vai estar fora da batalha e não deixará
legado algum positivo. Vai ser mais um Zé ninguém que a política, através da
casta podre de alguns políticos, manobra nos bastidores para fazer valer atos
sem decoro e legitimidade. Eduardo deu ao impeachment a sua cara, deu ao golpe
sua voz, mas agora, na iminência de sua morte pública, sairá de cena para viver
a vergonha que foi a sua trajetória. Mesmo que sobre uma conta em algum paraíso
fiscal, Eduardo foi, é e sempre será um Zé ninguém para os brasileiros.
Ricardo
Mezavila
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