Para
conhecer qualquer lugar, para mim, é preciso caminhar pelas ruas periféricas,
aquelas que ninguém recomenda, e andar de ônibus. Nada como ficar meio que
“perdido” até se achar em uma esquina com prédios antigos e teatros com
aparência de ruínas, o que deixa a arquitetura ainda mais atraente. Andamos por
Montevideo como se fôssemos mochileiros, caminhamos da Rambla de Pocitos até o
Mercado Del Puerto, passando pela Ciudad Vieja, algo equivalente a ir a pé do
Flamengo à Copacabana.
Quando
se vai de um lugar a outro sem a menor idéia de distância, parece que o tempo
colabora e a gente nem percebe o quanto caminhou. Quase todas as lojas, as
farmácias sem exceção, são fechadas por portas de vidro e uma placa escrita “abierto”.
O centro da cidade é um lugar movimentado onde se encontra a maioria das casas
de câmbio e de artes. Avenida Dezoito de Julho é a principal, onde fica a Plaza
Independência e a sede do governo uruguayo.
Quando
passeamos pelo Parque José Enrique Rodó, muito lindo por sinal, notamos que
aqui têm uma população enorme de cachorros, todos presos por coleiras. Depois
caminhando pela Rambla tivemos a percepção de que as pessoas adoram cães, vimos
várias com os seus passeando em grupo. Outra companhia do uruguayo é a garrafa
térmica com água quente e a cuia com o chimarrão, é comum ver jovens, adultos e
velhos sentados conversando ou simplesmente caminhando com a garrafa debaixo do
braço.
Se
alguém quiser vir ao Uruguay tem que conhecer e almoçar no Mercado de Puerto,
se gostar de carne então...Vários tipos são assadas em parrillas bem à frente
do consumidor, a fumaça é como nuvem dentro do
mercado e o cheiro é um atrativo impossível de ser rejeitado. Vimos
vários executivos em pé tomando chopp e comendo algum tipo de carne, nós somos
os turistas, eles estão em horário de almoço.
Talvez
o maior problema quando se faz uma viagem é a cotação da moeda. Aqui o nosso
Real é cotado a 8,40, 9,25 e 9,40 pesos uruguayos, mas se você for comprar e
pagar em real o comércio aceita por 10,00. Então o melhor é procurar locais que
aceitem a nossa moeda, mas temos sempre que ter a moeda corrente porque o
transporte e algumas lojas só aceitam o peso. Mas que ninguém se iluda com a
valorização do real, as coisas aqui tem preço equivalente, nós pagamos 48 pesos
por duas garrafas de água, ou seja, 4,80 reais. A diferença é que podemos nos
hospedar em bons hotéis, em bairros nobres com diárias dentro do orçamento, o
que é impossível no Rio.
Quando
voltamos do passeio pegamos o ônibus 116, os veículos são antigos e
sintonizam rádios estatais, o sistema de
pagamento é igual ao nosso, com cartão, mas a máquina por onde passa o cartão e
até quando se paga em dinheiro emite um cupom. O ônibus que estávamos enguiçou
e tivemos que pegar o próximo, quando entramos a cobradora pediu o cupom de
todos, ainda bem que não jogamos o nosso fora. A nota fica triste fica por
conta do bom velhinho da loja de artesanatos que nos comunicou que o Suárez foi
punido por três meses.
Dá-lhe Forlan!!!!!
Dá-lhe Forlan!!!!!
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