Depois de ter dado um chute no nosso traseiro, o Secretário Geral da FIFA Jérôme Valcke, passeia pelo país como se fosse representante do Czar da antiga Rússia, ou do Kaiser alemão. Palpite daqui, palpite dali, ele vai desfilando comentários e críticas sobre quase tudo. Ele fala dos estádios, aeroportos, hotéis, segurança, manifestações e mobilidade urbana. O prefeito Eduardo Paes devia ter pedido a opinião do secretário antes de fechar o mergulhão. É esclarecedor lembrar que o secretário é francês, seus familiares residem na França e não dependem de escolas e hospitais públicos brasileiros.
Jérôme disse que o estádio de Brasília, o Mané Garrincha, é um dos seus preferidos, arrancando suspiros do Chefe do Comitê Organizador Local da Copa, que se esquece que Brasília não tem time para disputar as primeiras divisões do campeonato brasileiro e que, junto com a Arena Pantanal, tende a ser o maior “White Elephant” dos já, previsão otimista, R$25,5 bi gastos para a realização da Copa, superando o orçamento da Alemanha (2006) e África do Sul (2010), juntos.
Certamente o secretário não tem nenhuma responsabilidade das sandices que acontecem aqui, ele apenas exerce o seu trabalho. Fomos nós que nos inscrevemos para realizar a copa do mundo. Não podemos esquecer que a pressa de terminar as obras da arena Curitiba fez o governo abrir ainda mais os cofres, e que o atraso tem gerado emprego aos haitianos, que chegam toda semana para reforçar o “front” dos operários que trabalham em condições precárias e baixos salários, quando não despencam e morrem por falta de segurança.
Certamente o secretário não tem nenhuma responsabilidade das sandices que acontecem aqui, ele apenas exerce o seu trabalho. Fomos nós que nos inscrevemos para realizar a copa do mundo. Não podemos esquecer que a pressa de terminar as obras da arena Curitiba fez o governo abrir ainda mais os cofres, e que o atraso tem gerado emprego aos haitianos, que chegam toda semana para reforçar o “front” dos operários que trabalham em condições precárias e baixos salários, quando não despencam e morrem por falta de segurança.
Enquanto isso a FIFA e a RFB (República Federativa do Brasil), vão trocando figurinhas, não aquelas como a do antigo álbum México 70, onde a figurinha de Dumitrache, jogador romeno, era a mais difícil, mas as figurinhas com o meu, o seu, o nosso rosto, para que no apito final, no dia 13 de julho, no Maracanã, o álbum esteja completo e a torcida feliz. Depois vamos tentar responder algumas perguntas como: Quem vai custear as despesas dos estádios sem jogos? O que farão os haitianos depois que as obras terminarem?
Periga o álbum Brasil 2014 ficar incompleto como ficou o meu México 70. Algumas figurinhas são difíceis e levam décadas para “saírem”, como a dos militares da bomba do Riocentro, por exemplo.
Periga o álbum Brasil 2014 ficar incompleto como ficou o meu México 70. Algumas figurinhas são difíceis e levam décadas para “saírem”, como a dos militares da bomba do Riocentro, por exemplo.
Aliás, se alguém tiver a figurinha do Dumitrache é só ligar que eu busco, só falta ela para eu completar o meu álbum.
Ricardo Mezavila
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