A baixa umidade tem deixado o ar seco desde o início do ano, isso tem provocado problemas respiratórios em alguma pessoas. A falta de chuva tem tornado nossos dias um verdadeiro deserto. O sol não tem culpa do calor, nós é que estamos conseguindo destruir o ciclo natural com o despejo de milhões de partículas poluidoras na atmosfera. Esse é o legado negativo por qual as gerações futuras nos condenarão.
Nesse
cenário árido ainda somos surpreendidos com cenas dantescas no day by day
das nossas pejorativas cidades desorientadas. Com o desgoverno na educação, com
a despolitização da massa e na cadencia
dos oportunistas, estamos vivendo tempo onde a barbárie corre solta. O
Pelourinho foi reinventado na zona sul do Rio, o negro voltou a ser acorrentado
em praça pública por “justiceiros”, paladinos da justiça que querem varrer as
ruas e jogar meninos desvalidos para debaixo do asfalto.
Lutar
pela causas dos problemas dá muito trabalho, é melhor entrar e sair de uma
academia de fitness e partir para a covardia, do que freqüentar um
espaço acadêmico e sair de lá com um diploma e conhecimento suficiente para ser
um cidadão funcional, preocupado em dar soluções para as injustiças sociais,
raiz da violência.
O ar
seco continuará por toda a semana em nossas desarvoradas cidades, e a dor da
família do cinegrafista ferido, por um artefato explosivo, também. Depois uma
frente fria vai chegar e a temperatura vai estar mais agradável, mas a dor da
família e a estupidez dos manifestantes mascarados continuarão. A impressão é
que todo mundo está vivendo em “facções”, não há mais interação e coletivismo.
Esse
fenômeno contaminou o futebol, torcedores já não estão unidos em torno do
sucesso das cores dos seus clubes, enfrentam-se entre si nas arquibancadas, o
que menos importa é o resultado do jogo.
Estou
torcendo para que as previsões, não só as do climatempo, sejam mais otimistas
nesse ano que acabou de começar. Lembro que há menos de oito semanas estávamos
todos vestidos com as cores da paz, desejando felicidades e sucesso, fazendo a
contagem regressiva para o início de um ano novo e próspero.
Será
que só sabemos contar e andar para trás?
Ricardo
Mezavila
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