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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Ar seco, racismo e uma câmera desligada


A baixa umidade tem deixado o ar seco desde o início do ano, isso tem provocado problemas respiratórios em alguma pessoas. A falta de chuva tem tornado nossos dias um verdadeiro deserto. O sol não tem culpa do calor, nós é que estamos conseguindo destruir o ciclo natural com o despejo de milhões de partículas poluidoras na atmosfera. Esse é o legado negativo por qual as gerações futuras nos condenarão.

Nesse cenário árido ainda somos surpreendidos com cenas dantescas no day by day das nossas pejorativas cidades desorientadas. Com o desgoverno na educação, com a  despolitização da massa e na cadencia dos oportunistas, estamos vivendo tempo onde a barbárie corre solta. O Pelourinho foi reinventado na zona sul do Rio, o negro voltou a ser acorrentado em praça pública por “justiceiros”, paladinos da justiça que querem varrer as ruas e jogar meninos desvalidos para debaixo do asfalto.

Lutar pela causas dos problemas dá muito trabalho, é melhor entrar e sair de uma academia de fitness e partir para a covardia, do que freqüentar um espaço acadêmico e sair de lá com um diploma e conhecimento suficiente para ser um cidadão funcional, preocupado em dar soluções para as injustiças sociais, raiz da violência.

O ar seco continuará por toda a semana em nossas desarvoradas cidades, e a dor da família do cinegrafista ferido, por um artefato explosivo, também. Depois uma frente fria vai chegar e a temperatura vai estar mais agradável, mas a dor da família e a estupidez dos manifestantes mascarados continuarão. A impressão é que todo mundo está vivendo em “facções”, não há mais interação e coletivismo.

Esse fenômeno contaminou o futebol, torcedores já não estão unidos em torno do sucesso das cores dos seus clubes, enfrentam-se entre si nas arquibancadas, o que menos importa é o resultado do jogo.

Estou torcendo para que as previsões, não só as do climatempo, sejam mais otimistas nesse ano que acabou de começar. Lembro que há menos de oito semanas estávamos todos vestidos com as cores da paz, desejando felicidades e sucesso, fazendo a contagem regressiva para o início de um ano novo e próspero.

Será que só sabemos contar e andar para trás?


Ricardo Mezavila

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