Pode entrar,o Blog é seu! Welcome to Blog! Since 30 july 2011

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Áspero como capim



Estar em uma roda conversando, socializando, pode ser uma aventura e até uma viagem pelo tempo e pela história. A diversidade das profissões, do conhecimento de mundo, da rotina acadêmica, do “coçar saco”; as variações culturais e seus efeitos diante do contrário, tornam um simples bate papo em uma batalha egocêntrica permeada, basicamente, pela incoerência, ufanismo, arrogância e o ridículo.

Durante a conversa descobre-se que alguém pode ser tão genial quanto um cientista, um atleta, um compositor, um artista. E, de certo, podem mesmo, mas geralmente o tempo decidiu por não deixar co-existir na mesma época gênios tão “fundamentais” para a humanidade.

As façanhas, principalmente aquelas que ninguém presenciou, são de fazer inveja àqueles que as tornaram reais. É a hora de extravasar frustrações, decepções e medos, ou meramente mentir, ou usando do eufemismo pouco provável nas discussões, não falar a verdade.

Eu mesmo já coloquei no “banco” (como se diz quem está na reserva de alguém no futebol), alguns craques campeões do mundo, na adolescência, é claro, quando todos buscavam espaço e ninguém sabia que eu treinava no São Cristóvão; tenho amigos que “foram” ao show do Led Zeppelin em N.Y. e tocaram os cabelos do Robert Plant: “áspero como capim” –disseram.

Quem não distrai, quer dizer, não perde a atração daquilo que só é visível e palpável, perde a essência de uma vida ilustrativa, contemplativa em que se pode dividir a inocência dos delírios, a cobertura doce, o recheio de doce de leite, o glacê da mentira, e lamber o "beiço" de uma amizade.

Ricardo Mezavila


Nenhum comentário:

Postar um comentário