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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Apesar da distancia e do tempo








É comum e extremamente saudável que, de vez em quando, alguma coisa faça com que a gente desperte para um fato passado, um momento bom ou ruim, uma lembrança que espete o coração como uma agulha inquisidora. Normalmente o déjà vu consegue com que façamos uma reflexão a respeito e, às vezes, vem a rebordosa, o flagelo diante da presença da culpa, a punição e a sentença: “não posso conviver com isso”.


Esse extremismo também é normal e a psicanálise sabe como isso funciona, mas é necessário que a gente saia dessa sozinho, com duas ou, no máximo, três ressacas, se passar disso o fantasma pode se transformar em algo bem mais feio. Repare que ao nosso lado sempre tem alguém disposto a nos ouvir, porque também está disposto a falar. Converse sobre o que te perturba, mas não seja dramático, nessa hora vale até fingir um pouco de desprendimento.

Conviver com algo que assombra e cuspir em cima é como morar dentro de uma mochila cheia de espelhos refletindo uma única imagem. Se as lembranças sangram é porque ainda faltam alguns curativos; limpe o local para que possa aplicar um pouco mais do tempo, remédio para todas as doenças.

Enfim, sinta saudades, mas nunca a convide a viver contigo, não deixe que ela faça parte dos teus dias, dos teus novos momentos de alegria. Nunca caminhe com tuas lembranças ao lado, durante a caminhada tente não carregar nada que possa fazer com que fique cansado, ou arrependido. Olhe sempre para frente e verás que tua sombra te guia. Não se preocupe porque o bom sentimento nunca fica para trás, ele estará dentro de voce, apesar da distancia e do tempo.


Ricardo Mezavila

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