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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Perguntas e Estátuas




Reminiscência da minha infância, quando estava na primeira série do primário, atual ensino fundamental, eu tinha medo do ponto de interrogação. Tímido e magro, quando ao final de uma frase escrita pela professora no quadro negro, aparecia a interrogação e a professora se virava para a turma, eu ficava tenso e apelava para o “homem invisível”. Era como se eu fosse derrapar na “curva”, em formato de gancho de cabide do ponto e caísse dentro do “buraco” embaixo dele. O buraco está embaixo, estrategicamente, como uma punição. Ou voce atende ao ponto, ou vai para o buraco. As perguntas são o motor das pesquisas, do conhecimento. Li em algum lugar: “voce conhece a inteligência de alguém, não pelas respostas, mas pelas perguntas que faz”.

Pensando assim eu estou tentado a sair por aí perguntando. Primeiro vou perguntar a quem não pode me responder: as estátuas. Vou sentar ao lado de Carlos Drumond de Andrade, no calçadão da praia de Copacabana, e saber se ele tem alguma obra inacabada que eu possa ajudar, ou coisa assim; Tenho vontade também de fazer algumas perguntas à estátua de Darcy Ribeiro, não sei se existe uma, mas preciso saber o que ele tem mais a dizer sobre educação e as comunidades indígenas; Na estátua de Noel Rosa, em Vila Isabel, além de acompanhá-lo no happy hour, vou querer saber sua opinião sobre a atual música que se faz por aqui.

Para acrescentar conteúdo a esta crônica vou colocar algumas perguntas sem respostas: Como é zero em algarismo romano?  Por que quando ligamos para um número errado nunca dá ocupado?  Quando inventaram o relógio como sabiam as horas para poder acertá-lo?  Para que o Pato Donald amarra toalha quando sai do banho se ele não usa calças? Se o vinho é líquido, como pode existir o vinho seco? Como a placa “É proibido pisar na grama” foi colocada lá?

Em tempo: O Governo do Rio de Janeiro resolveu enviar para o hospício qualquer cidadão que conversar com a estátua de Carlos Drummond de Andrade, que fica no calçadão da praia de Copacabana, na capital carioca. Uma câmera ficará filmando e as imagens serão monitoradas ao vivo de um manicômio, que enviará agentes para capturar algum louco que converse com a estátua. Há informações de que muitas pessoas sentam ao lado da estátua e conversam sobre todos os assuntos, inclusive seus problemas pessoais e até pedem dicas para encontrar um par perfeito. O governo também pretende instalar um microfone na estátua para saber os assuntos mais abordados pelas pessoas durante as conversas com a estátua de Carlos Drummond de Andrade. (Fonte: G17 – sem compromisso com a verdade.)

Ricardo Mezavila

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