Mario Vianna, Waldyr Amaral, Jorge Cury, João Saldanha e Luiz Mendes |
Luiiiiiiiiiiiiiz Men-des! Após essa vinheta o comentarista Luiz Mendes, o da palavra fácil, iniciava as transmissões com o bordão: “Minha gente(...)!”. Seja como locutor ou comentarista. Sua contribuição para o meio esportivo e, comunicação em geral, marcou a história do rádio no Brasil.
Quem tem mais de quarenta anos deve lembrar de outros comunicadores contemporâneos do botafoguense Mendes: Waldir Amaral, Jorge Cury, Mario Vianna, João Saldanha e outros que contribuíram para que o futebol se tornasse popular nas conversas das esquinas e dos botequins.
No início dos anos setenta, quando eu voltava da escola ouvia com minha mãe, enquanto almoçava, programas esportivos nas rádios nacional e globo. Lembro dos bordões que os jornalistas soltavam nos microfones e os repetia quando narrava jogos de botões nas doces tardes da minha infância.
Ainda hoje, quando estou dirigindo, tenho hábito de ouvir os comentários sobre o meu Botafogo nos programas de rádio (agora sem a suave presença da minha querida mãe), e sempre ouvia o da palavra fácil, suas colocações sábias e sua surpreendente memória sobre fatos do futebol.
O ruim, segundo Zeca Pagodinho, é chegar aos cinqüenta e começar a ouvir: sabe quem morreu?
Das dezoito copas do mundo, Luiz Mendes participou de quinze, como locutor e comentarista. Escreveu livros de crônicas esportivas, foi um dos idealizadores dos programas de debates esportivos conhecidos como “mesa redonda” e fundador da rádio globo.
Hoje, muitos profissionais, jogadores e pessoas ligadas ao mundo esportivo farão justa homenagem ao grande jornalista que nos deu adeus. Esta é a minha.
Ricardo Mezavila
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