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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Recorte Solidário

Recebo, por conta da atividade social a qual estou inserido, algumas revistas, portfólios e jornais informativos de inúmeras associações beneficentes e de classes. Lendo um artigo no Informativo Oficial da Associação dos Engenheiros da Petrobrás*, fiquei indignado, como cidadão, pelo drama vivido por uma funcionária da empresa, carinhosamente chamada de Leninha pelos colegas de trabalho. Leninha, foi acometida por uma doença ocupacional, quer dizer, originária nos produtos que ela manuseava na refinaria. Os médicos da empresa negavam, que fossem os produtos químicos aos quais ela ficava exposta, a causa de sua enfermidade. Oito anos se passaram e sua doença ia se agravando. Por orientação de um especialista em imunologia, alergologia, dermatologia e medicina do trabalho, iniciou uma investigação do seu caso. Comprovada a origem de sua doença em sua rotina de trabalho, a empresa custeou por seis anos o tratamento. A doença, até então controlada pelo uso do tratamento contínuo, ressurgiu agregando novas patologias desencadeadas pelo sistema imunológico e efeitos colaterais, levando-a a internação.

Após seis meses de licença, sua doença evoluiu para um quadro mais grave. Ainda assim o INSS a considerou apta ao trabalho. Obrigada a retornar voltou a ser internada. Agora sem o custeio da empresa retorna à licença do INSS. Terminada a segunda licença ela é novamente obrigada a retornar ao insalubre ambiente de trabalho e sua doença agrava ainda mais. Leninha enviou aos órgãos responsáveis da empresa toda a documentação que atestava sua incapacidade para a função, e foi orientada a aguardar em casa um chamado para perícia. O que não ocorreu. Depois de várias tentativas de comunicação com a empresa e manifestação pública, recebe e-mail da empresa notificando sua demissão por justa causa.   A funcionária ingressou na justiça do trabalho conseguindo liminar restabelecendo seu contrato de trabalho e o custeio de suas necessidades médicas.

A empresa ingressou com pedido de revogação da liminar, argumentando que segundo o INSS, ela não estava doente e, incrivelmente obteve êxito.

Leninha, está demitida desde o ano de 2009. Novo exame constatou com base científica ser ela portadora de uma Polineuropatia Periférica Axonal Tóxica, decorrente do trabalho e uma vasculite agredindo seu sistema nervoso, sendo necessário tratamento de quimioterapia.

Enquanto isso em Brasília... a câmara absolve em votação secreta (é claro) a dep. jackeline roriz (PMN-DF) de cassação. Flagrada em vídeo (www.youtube.com/watch?v=mbdtlKzHU1g) recebendo GRANA do delator do mensalão do DEM, durval Barbosa, a dita manteve seu mandato.

* AEPET– agosto/2011

Ricardo Mezavila        

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