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sexta-feira, 25 de outubro de 2019

STF brinca de STF



Quando um Ministro da Suprema Corte precisa justificar que assumiu o compromisso de cumprir a Constituição, é porque o leite derramou faz tempo. Ricardo Lewandowski fez mea-culpa por ter votado contra a prisão em segunda instância. Para quem foi o recado? Eduardo Bolsonaro ensinou que para fechar o STF bastam um cabo e um soldado...e um Jeep (?)

O Ministro argumentou que, "A presunção de inocência, com toda certeza, integra a última das cláusulas pétreas da Constituição, representando talvez a mais importante das salvaguardas do cidadão, considerado o congestionadíssimo e disfuncional sistema judiciário brasileiro." Se a cláusula é pétrea, os pares de Lewandowski deveriam assim entendê-la.

O STF está brincando de STF. O Ministro iniciou seu volto assim: “Assumi o solene compromisso de cumprir a Constituição e as leis da República, sem concessões à opinião pública ou publicada nem a grupos de pressão. Desse compromisso jamais me desviei e não posso desviar-me agora, pois tenho o inequívoco dever, sob pena inclusive de prevaricação.”

No meio da brincadeira a Ministra Rosa Weber pediu para ir ao centro do picadeiro para dizer: “Nem a inquisição executou antes do trânsito em julgado” - disse Rosa, oscilando entre o heliocentrismo e a fogueira, com a autoridade de Cristina de Lorena, a grã-duqueza de Toscana, a quem Galileu escreveu uma carta interpretando a bíblia e a natureza.

Enquanto a corda leva a caçamba com o Brasil para o fundo do poço. Outro Ministro, o Celso de Melo, também refletiu dizendo que "O País vive um momento extremamente delicado em sua vida político-institucional, pois de sua trajetória emergem, como espíritos ameaçadores, surtos autoritários e manifestações de grave intolerância que dividem a sociedade civil".

A sociedade civil não está dividida como apregoa o Ministro. O que temos é um Supremo acovardado, um legislativo corrupto, um presidente inepto, incapaz, servil, representante de uma elite escravocrata, cruel e atrasada.

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