O carnaval está longe de ser uma festa onde as pessoas esquecem dos problemas e vivem quatro dias de alienação profunda. Se foi um dia, não é mais assim.
As manifestações por todo o país, soaram como uma desaprovação do Estado brasileiro, da forma como ele vem sendo conduzido.
A reforma da previdência, os casos Marielle e o laranjal não foram esquecidos nos dias de Momo. Os blocos de rua se encarregaram, ironicamente, de representar a realidade com fantasias pontuais e refrões.
As Escolas de Samba desfilaram com mensagens políticas contrárias à ditadura que vai tomando forma; cobraram da justiça imparcialidade e homenagearam Lula de modo intrínseco na história do 'Bode Iô iô", no Ceará da década de 1920.
Diante desses fatos, o presidente, grotescamente, questionou as verbas gastas com educação. Disse que "Brasil gasta muito com educação", isso porque para ele educar é perigoso, pode fazer de um filho de pedreiro 'dotô'.
Vai, meu Paraíso do Tuiutí : "Do nada um bode vindo lá do interior/ Destino pobre, nordestino sonhador/ Vazou da fome, retirante ao Deus dará / Soprou as chamas do dragão do mar"
Ricardo Mezavila.
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