O ex-goleiro Bruno, mandante do crime brutal contra a modelo Elisa Samudio, além de manter seu bebê em cárcere privado e quase ter dado a ele o mesmo fim que a mãe, está solto mas jamais será livre.
A justiça seletiva e muito complacente em certos casos, é favorável ao criminoso por conta de um relógio moroso que marca as horas dentro dos fóruns, para o desespero de famílias como a da modelo
Bruno teve a pena de vinte e dois anos interrompida porque seu caso não foi avaliado dentro de um prazo estipulado por lei. Por que manter preso alguém se os juízes ainda não analisaram sua conduta?
Com a culpa gravada na testa, o ex-goleiro ainda teve a arrogância em dizer que ' prisão perpétua não traria Elisa de volta'. Se a justiça ainda tinha dúvidas, eis aí mais uma confissão.
As contradições estão por toda parte incorporadas aos fatos, desvirtuando-os, levando à ascensão quem deveria estar cabisbaixo, preso e arrependido.
Casos como o do Bruno estimulam aquilo que temos de pior como herança: a desonestidade. Somos uma sociedade criada a partir de uma invasão branca que assassinou, roubou, estuprou, corrompeu, escravizou e abandonou nativos desse território que habitamos.
A classe política tem o DNA dessa elite europeia composta por assassinos, ladrões, estupradores, corruptos e escravagistas. São eles que escrevem as leis e se protegem à sua sombra.
A lógica da 'justiça' brasileira é a que ignora os acidentes nos desfiles das escolas de samba e a covardia sofrida por um rapaz que foi assistir uma partida de futebol. Para a justiça o 'show' tem que continuar, menos para o MTST, estudantes e categorias de trabalhadores organizados.
Sendo assim, o criminoso goleiro pode calçar as chuteiras e entrar em campo, de preferência na mesma cidade onde articulou o crime, porque haverá sempre um 'templo sagrado', uma torcida e um juiz pronto para aplaudi-lo.
Ricardo Mezavila.
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