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segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Frear é preciso, votar...

internet


Está chegando a hora de o motorista do ônibus dar aquela freada brusca para acomodar os passageiros. O veículo está cheio, quase lotado, mas ainda tem uns espaços vazios que podem ser ocupados se houver boa vontade e percepção de espaço. Assim acontece com os que ainda não sabem em quem votar no segundo turno das eleições. Estão no coletivo, mas ainda não sabem se sentam, ficam no corredor à direita, ou à esquerda perto da porta. Há quem faça sinal no ponto, o motorista abre a porta, mas o usuário se recusa a entrar justificando que não tem lugar para sentar e que viajar em pé é desconfortável, por isso vai esperar o próximo coletivo.

Os indecisos podem lotar um lado só do ônibus, deixar os bancos vazios ficando todos em pé, descerem todos em um único ponto, ou irem até o fim da linha e circularem de volta. Até leem as placas mostrando que por ali se chega lá, mas ficam na dúvida se, chegando lá, vão ter a certeza de que era ali mesmo que queriam chegar. Por vezes os indecisos atrasam a viagem, nos levam por caminhos opostos, ou nos forçam a voltar para onde não queríamos mais estar.

Uma situação comum de aflição para o indeciso que viaja de ônibus, é saber a hora de puxar a campainha para sinalizar que quer desembarcar. Ele nunca tem certeza de onde descer, então fica olhando pela janela como à espera de um chamado, uma legenda, bandeira ou número que o convença a tomar uma decisão.

As eleições estão aí e os indecisos precisam fazer suas escolhas, a melhor maneira é dialogando, lendo propostas, se possível analisando criticamente o conteúdo de cada candidato sem deixar-se impressionar por frases de efeito. Uma das alternativas para os indecisos é o debate, mas é preciso que o indeciso tenha consciência de que ninguém está ali fazendo teste para apresentador de televisão, nenhum dos candidatos tem a obrigação de ser ótimo em oratória, basta ser claro para poder esclarecer seus programas de governo. Enfim, ir até às urnas é um compromisso democrático, mas escolher um candidato ou nenhum, é uma decisão e responsabilidade de quem não quer ficar exposto ao pedal de freio da história.

Ricardo Mezavila.













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