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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Os Vedas e Jethro Tull



Tive, como todo mundo, experiências religiosas com doutrinas contrárias as que meus pais me ensinaram. Sou batizado, fiz comunhão e crismado, um católico por excelência, mas não praticante e, na juventude, muito curioso.

As religiões antigas para os roqueiros, não passavam de filmes bíblicos na sessão da tarde. O que nós queríamos em 1970 era filosofar, não como os alemães e os gregos, mas filosofar como os deuses das guitarras e os profetas da poesia.

Talvez essa necessidade de incluir o rock como seita ou sociedade alternativa, fez crescer no mundo a ISKCON (International Society for Krishna Consciousness), Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna, popularmente conhecida como Movimento Hare Krishna. Uma associação religiosa, filosófica e cultural.

Eu, naquela época, andava estudando no grupo jovem da igreja a vida de Jethro, pai-de-lei de Moisés, e ouvia Jethro Tull, uma banda inglesa de rock progressivo. Sempre é bom o contraditório para uma conclusão científica. Aprendi nas aulas de catecismo que Moisés peregrinou durante quarenta anos no deserto até chegar em Canaã, a terra prometida, e chegando, a contemplou e morreu.

Voltando à ISKCON, freqüentei durante um período o templo da rua da cascata na Tijuca e entrei em contato com a literatura de A.C. Bhaktivedanta Swami Prabhupada (Srila Prabhupada), pensador indiano fundador, em 1966, na cidade de Nova York do Movimento. Tive alguns ensinamentos básicos como: acreditar em um único Deus; não somos corpo, mas alma. A imagem de Krishna é linda, ele possui seis opulências principais: beleza, inteligência, força, fama, riqueza e renúncia. Tem o corpo azulado, rosto juvenil, e gosta de tocar flauta e brincar em companhia de seus servos e servas em sua morada espiritual.

Durante os encontros abertos aos domingos, nós nos alimentávamos de uma dieta basicamente lacto-vegetariana. A prasada, nome do alimento servido à Krishna, era colocada no altar onde estava a sua imagem e ficávamos observando, cantando o mantra Hare Krishna, enquanto ele se alimentava. Passado algum tempo aquela refeição era servida pelos membros e visitantes. Quando fui a primeira vez ao templo perguntei porque serviriam aquela refeição se ela era de Krishna e tive uma resposta lúdica através da parábola: “Se você bebe água contaminada você se contamina, mas se você come o alimento tocado pela pureza, você se purifica.”

Durante um tempo adquiri e li os Bhagavad Gita,  a essência do conhecimento védico, são livros sagrados, fonte original de todo e qualquer conhecimento e sua origem é transcendental.


Ricardo Mezavila








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