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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Meu "estigma" da Estrela




Algumas opções que você escolhe para a sua vida podem se tornar estigmas eternos, com extensão nas coisas que você venha a falar e agir sobre qualquer outro foco, para o resto de sua existência. Se você optou, durante um tempo, em seguir os dogmas de uma religião e ter radicalizado em suas posições, você sempre será cobrado quando proferir algo “blasfêmico” que seja oposição ao que pregava antes, mesmo tendo excomungado aquela religião da sua vida.

Uma coisa é certa, você sempre será cobrado por defender ou ter defendido alguma ideologia. Comigo acontece de ter sido, entre toda a década de 1980 até início dos anos 2000, militante ativo do Partido dos Trabalhadores. E ninguém é apenas um militante do PT, tem que conhecer o processo que levaram os trabalhadores a organizarem-se.

Por conta das lutas de classes e revoluções no leste europeu no início do século XX, mas precisamente na Rússia em 1917, os comunistas de outros continentes criaram os seus PC’s; as guerrilhas Latinas e a ascensão de Fidel e Che em Cuba, em meio às ditaduras militares na América do Sul e o trator imperialista semeando em nossas terras, todo militante do PT quando fazia a defesa da liberdade e democracia, visava esses acontecimentos como base de sustentação da luta autêntica e justa.

Aí entra o estigma das pesadas “falas” que um discurso inflamado proporciona. Quando um petista chegava em uma reunião, festa, bar, sempre tinha alguém para  falar de política, às vezes só no intuito de contrariar pelo prazer de irritar o “xiita” (como nos chamavam), e depois soltar o indefectível :  -“Não dá pra discutir com petista radical, não” . E a gente só estava praticando a democracia e o direito à liberdade.

Hoje em dia já não me julgo mais um “petista”, mas continuo afinado com os interesses em comum. Sou um comunista libertário avulso. Mesmo não usando os jargões socialistas das ruas e das academias, ainda assim sou, vez ou outra, identificado por alguém que me viu em atividade política e, com certeza, ante alguma opinião mais ao centro ou direita que eu der, vai dizer: - ora, você não é PT?”



Ricardo Mezavila

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