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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Música Clássica Brasileira

No início dos anos 1980, havia no Brasil quem acreditasse em um governo socialista, os sindicatos se organizavam, partidos de esquerda se fortaleciam com a presença de personagens anistiados, que retornavam ao país para dar continuidade ao sonho de liberdade e democracia. A gente sonhava com essa possibilidade, acreditávamos no poder popular, depois de ingerir tequilas e muita literatura Marxista.

Em nossos debates, de reorganização da sociedade, discutíamos novos conceitos de arte e cultura. A música clássica nacional era uma dessas discussões que, invariavelmente, permeava os assuntos temáticos.

Embora tudo fosse muito utópico e todos sabiam que era ilusão mesmo, valia a pena sonhar com um modelo de sociedade que valorizasse a cultura brasileira do batuque, congo, caxambu, samba, coco, bumba-meu-boi, forró, xaxado, xote, vaneirão, maracatu, caboclinhos, maculelê, baião, bossa nova etc. Ritmos de raízes brasileiras e também oriundas da África e  de Cuba, por exemplo.

Os clássicos modernos seriam: Carlos Gomes, Heitor Villa Lobos, Pixinguinha, Hermeto Pascoal, Waldir Azevedo, Egberto Gismonti e Antonio Carlos Jobim. Na verdade tinham outros, mas não eram do nosso conhecimento por culpa exclusiva da internacionalização, sendo mais um motivo para que fizéssemos logo a revolução cultural socialista.

Em tempo de continuísmo político e sonhos devidamente sonhados, fiz uma pesquisa sobre Francisco Manuel da Silva (1795 a 1865), nascido no Rio de Janeiro, compositor, maestro e professor, impressionou o imperador D.Pedro I compondo um Te Deum (hino litúrgico católico), tendo sido nomeado diretor musical da Capela Real. 

Fundador da Sociedade Beneficente Musical e do Conservatório do Rio de Janeiro, a origem  da atual Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro,(UFRJ) ,também foi regente do Teatro Lírico Fluminense, depois transformado na Ópera Nacional.

Sua obra de composição, não eram de grande originalidade, mas foi o autor de uma única peça que se tornou célebre, a melodia do atual Hino Nacional Brasileiro. 


Ricardo Mezavila

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